domingo, 10 de janeiro de 2016

Banho gelado no Tejo

Há uma semana estamos em Lisboa, mas Paris rende muita história pra contar, heim ?
Por aqui também tem casos para não se esquecer, especialmente quando Brunety volta pra casa, saudosa e cheia de amor no coração.
A semana passou toda com tempo feio, chuva e vento. Mesmo assim, conseguimos fazer nossos treinos de corrida a três. No começo e no final sempre alongamos no mesmo lugar, em frente à Marina, onde tem pier com patos, pombas e passarinhos. Tem também o rio, obviamente, barcos e um talude bem íngreme que termina na água. Bru sempre fica de olho na movimentação da bicharada, que nada prá lá e prá cá, voa prá lá e prá cá. Por duas vezes ela tentou chegar mais perto, pelo talude, sempre a tempo de vermos o risco eminente da queda na água e evitarmos o banho. Eis que ontem não teve volta. Ela foi descendo, descendo e pofffffff !!! Escorregou no limo e se foi prá água gelada.
Que desespero !!! Não sei se maior o meu ou o dela.
Brunety se debatia freneticamente no lodo, com cara de pavor e pânico, tentando subir novamente e derrapando no limo.
Atravessamos correndo a entrada da Marina, descemos até o pier no local mais próximo onde ela estava e a chamamos. A ideia era ela dar meia volta e nadar um pouquinho até podermos içá-la da água.
Nisso já tinha gente olhando, dentro e fora da Marina.
Ela não entendeu o nosso plano e lá continuou a se debater.
Pedi aflita pro Marcelo entrar na água e, antes de ele tirar os tênis, Bru reuniu todas as suas forças de atleta, se firmou de alguma forma na pedra escorregadia e tirou o corpo da água.
Foi subindo lenta e penosamente, passo a passo, num esforço supremo que deixava todos os músculos do corpo à vista.
Posso dizer que toda a plateia prendeu a respiração e aguardou, estática, o desfecho vitorioso de mais uma aprontada das boas da pequena trombadinha.
E como foi a tarde da miúda ???
Depois de mais um banho, desta vez com shampoo e água quentinha, o sonho dos alívios. 



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