Brunety engoliu um anzol - socorro !

Lembram que ela já havia comido uma linha de pesca e que por sorte puxamos pela boca e saiu inteira ? Desta vez tinha um anzol na ponta. Que drama. Saímos para o passeio no final da tarde e a bichana muito sem noção nos aprontou essa. Como tudo correu bem mais uma vez, agora que me acalmei vou contar a história.

Sentamos por poucos minutos num banco perto do Oceanário enquanto ela andava prá lá e prá cá. De repente se parou na nossa frente com um olhar super aflito e cara de "me ajudem, pelamordedeus", com uns 50 cm de linha pendurada ao lado da boca. Marcelo deu uma puxadinha de leve, com cautela e talvez tenha percebido que não saía. Como não falou nada, dei aquele puxão às ganha e Brunety teve um troço. Grunhiu alto e se parou a chorar com toda a força. Que horror ! Dei um pulo do banco e me parei a gritar também. 

Gente, entrei em pânico. Bru tentava vomitar, tentava engolir, chorava, parecia sufocar e isso tudo levou uns minutos até sairmos com ela no colo a procura de ajuda. Estávamos longe e somente no colo ela parava de movimentar a boca e isso nos fazia pensar que de alguma forma poderia ajudar no caso de o anzol não furar, não descer e não machucar mais ainda.

Marcelo carregou umas oito quadras o corpinho de 12 kg até a frente do consultório da veterinária que nos indicou por telefone o hospital mais próximo. Taxi.

Na recepção fui encaminhada com urgência para um ambulatório enquanto Marcelo preenchia uma ficha. O médico logo apareceu, explicou o procedimento de sedação para localizar o objeto e dependendo do local, já seria retirado. Lá se foi Bru no colo do doutor. 

Voltamos prá recepção e a galera continuava chegando. Muito movimento.

Olha que figura de pata quebrada.

Cara de bandidos ! Nada amigáveis.
Quarenta minutos mais tarde o anzol apareceu.
 Olha o tamanho !!

Três veterinários participaram da delicada retirada do anzol que se alojou abaixo da glote, quase na traqueia.
Bru foi entregue completamente grogue uma hora depois.

Taxi e caminha.
Só teve permissão para comer uma colher de patê acompanhando o antibiótico.

Ainda em recuperação, parece um zumbi pela casa. Desanimada, chateada com os remédios e com a vida em geral. 
Quem manda ser arteira ?