sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Chegada

Quando entramos na aeronave, perguntamos para as comissárias se elas sabiam da existência de um animal no voo. Sim, tinham visto um cachorro. Avisamos que era nossa amada cachorrinha. E o piloto sabia ? Sim, piloto ciente do fato.
Todos os profissionais nos passaram muita segurança e total tranquilidade quanto ao transporte da Bru. No check-in falaram que o compartimento onde ela viajaria era grande e a caixa seria bem amarrada. Perguntaram se ela estava alimentada e disseram que muitos cães e gatos são clientes. Toda a burocracia que antecede o embarque se justifica. TAP está de parabéns.
Comissários portugueses e o sotaque lusitano já encantam na largada. Cantado e chiado. Uma graça.
Houve turbulência em vários trechos; pobre Bru.
Marcelo dormiu bem, roncando ao meu lado. Eu acordada. Escrevi todo o post do embarque, li, reli e nada do sono. Assisti um filme chamado Max, sobre um cão usado na guerra do Iraque. Fizemos a besteira de pedir refeições vegetarianas. Nunca mais precisamos trocar o cardápio normal. O voo não estava lotado e durou 10 horas.
Aterrissamos às 11:00 horas horário local. São 3 horas a mais do Brasil agora com o horário de verão e já ficamos sabendo que aqui tem horário de inverno. Inicia na madrugada do próximo domingo. 
Chegamos com um dia lindo, sem uma nuvem no céu azul, temperatura agradável e no sol até um pouco quente. Maravilha !
Fizemos todo o processo de imigração, retirada de malas e fomos atrás da Bru. Pensamos que ela estaria separada em algum local próximo da esteira das bagagens. Procura daqui, procura dali e nada. O aeroporto é enorme. Encontramos o posto de vigilância animal pelo caminho. A veterinária indicou um local que não entendemos, pois o sotaque dela foi algo. Queria que um de nós fosse buscá-la enquanto o outro iniciava as tratativas da papelada. Negativo. Eu que não ficaria !!! Caminhamos mais um tempo, perguntamos para um rapaz e vimos a caixa na frente do local de "achados e perdidos". hahahaha ... Saímos em disparada e de longe ela nos viu.
Quanta emoção ! Não encontro maneira para descrever a alegria e felicidade da bichana. Chorava fininho, dava pulos e voltas dentro do cadeião, batia com as patinhas e forçava com o focinho. De tanto choro, parecia um passarinho. Linda, linda ! O efeito da boleta tinha cessado. Bru era Bru novamente.

Voltamos para a veterinária concluir os trâmites legais e  rumamos felizes ao taxi, Bru caminhando faceira ao nosso lado pelos corredores. Aqui pode. Temos o registro. Antes do taxi, Bru foi ao toalete em frente ao aeroporto.
Taxista localizou o endereço com a ajuda do aplicativo MEO Drive que Marcelo baixou por indicação do Ivanildo, baita dica, e só pra constar,  meteu a faca cobrando 50 euros pela corrida, alegando que aquela quantidade de malas era pra 3 carros carregarem. hummm hummmmm
Ivanildo estava a nossa espera; mostrou o apartamento, conversou e se colocou à disposição pra ajudar no que fosse preciso; muito gente fina.
Mesmo estando cansados, saímos os três para conhecer o bairro. Caminhamos pela beira do Tejo, tomamos sol, sangria de espumante, tiramos fotos, almoçamos, sorrimos e conversamos. Observamos as pessoas, admiramos a linda paisagem, a limpeza de tudo, segurança e, com muita sinceridade, concluímos ter sido a melhor mudança de vida. Parece um sonho.

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